Apesar de não entender nada de
arte, tenho o direito de não gostar desses monumentos que estão espalhados pela
minha cidade, certo? Pois bem, se você é um apreciador de arte moderna, sugiro
que pare de ler esse artigo e vá fazer algo que lhe interesse, caso contrário,
fico feliz em dividir minha opinião com outras pessoas normais.
Voltando
ao assunto principal: obras de arte da nossa querida Porto Alegre. Passear pela
cidade, às vezes, pode ser mais horripilante que um trem fantasma da melhor
qualidade. Há tantas coisas estranhas em praças e parques que me pergunto:
“quem permitiu que essas atrocidades sejam vistas pela população?”. Será o
objetivo da prefeitura espantar os turistas? Dizem que essas coisas são
símbolos da cidade, recheados de significados e subjetividade, pois eu não vejo
nada disso.
O
monumento dos Açorianos, por exemplo, não sei por que, mas aquilo sempre me
pareceu um tipo de centopéia com orelhas de elefante. Caravela? Aonde? Carlos
Tenius (escultor desse treco) que me perdoe pelas ásperas palavras, mas eu não
caio nesse baboseira de “caravela representando os primeiros casais que
povoaram a cidade”. Coitados, nunca pensaram que seriam lembrados através de
uma escultura tão horrenda.
E
as “Tetas” então? O que dizer aos desafortunados turistas além de “fechem os
olhos por um instante”? Mas de quem eu realmente tenho pena são dos
funcionários públicos que por ali trabalham, sendo aquela a zona do Foro
Central, Tribunal de Justiça e Ministério público. Pobres seres que nem podem
olhar pela janela sem se sentirem ridículos, pensando que alguém faz aquilo e é
tão prestigiado enquanto eles estão suando a camisa fazendo o judiciário
funcionar.
Como
se perguntou um dia Voltaire Schilling: por que o Direito Penal nunca se
preocupou em tratar como criminoso quem propositalmente fabrica a feiúra? Mas
calma Voltaire, nem tudo está perdido, algumas obras merecem serem enquadradas
no grupo das exceções. A Estátua do Laçador, por exemplo, esse sim é um símbolo
da cidade e do estado do Rio Grande do Sul, autoexplicativo, sem enrolação,
direto, como um monumento deve ser. O arco do triunfo da Redenção é outra
exceção, embora não tenha nada de tão especial, é suportável aos nossos olhos e
dá um certo ar característico no lugar. Meros mortais cidadãos de Porto Alegre:
o parque da Redenção é “passeável”.
Mesmo
com algumas esporádicas brisas de ar puro, nossa cidade ainda precisa de ajuda,
meu voto é pela demolição das perversidades e pelo exílio desses que se
autointitulam escultores e artistas. Como tal justiça dificilmente será feita,
meus caros amigos, eis a verdade: teremos que conviver com as monstruosidades
em nossa linda cidadezinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário